quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Á noite

Abri os olhos. Aquela escuridão seguia a me cegar como se não os tivesse aberto. A lembrança daqueles olhos atormenta a minha mente, não me deixa dormir em paz. O que é a paz? levantei e acendi a luz, mas isso não adiantou nada. Aliás, adiantou para tornar o lado de fora da janela totalmente invisível e imerso na escuridão. E adiantou também para tornar as idéias ainda mais pertubadoras...

De todos os inimigos que tive, consegui matar um por um. Era relativamente simples. Não precisei de armas. Pra que armas? armas são para os fracos, aqueles que querem sentir essa realidade pra depois sucumbir no pior de todos os julgamentos: o da consciência, ou de Deus, ou dos outros...depende do sujeito. Eu não. Não preciso disso. Não preciso me rebaixar ao mesmo nível deles. Não. A verdadeira eliminação é de outra natureza, mas isso já não vem ao caso agora, até por que não me importa aqueles cuja presença não me incomoda mais.

Mas aqueles olhos me venciam. E ainda me vencem. Se todo homem tem um ponto fraco, parece que o meu está aparecendo agora. Profundos, dominantes. Terrivelmente imobilizantes. continuei lutando por muito tempo, até chegar agora e perceber que isso talvez não adiante de nada, por que tentar matar mais esse inimigo (será que é inimigo mesmo?) seria matar a mim mesmo, o que nem o maior dos meus instintos destrutivos seria capaz de fazer. Me render? isso é quase tão insuportável quanto aquelas paredes frias emolduradas por máquinas de trabalho constante.

A não ser que eu mude de estratégia. Essa deve ser a solução, afinal. Dizem por aí que quando não podemos vencer um inimigo, devemos nos unir a ele. Malditos clichês que não saem de mim. Afinal das contas, pra que lutar eternamente? isso cansa. Até o mais divertido dos jogos cansa depois de algum tempo, e esse já tá me cansando. Hora de mudar as regras, mudar a ordem dos jogadores. Talvez a diversão volte. Veremos.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Fluxo

Outro dia tava fazendo o maior sol. Hoje já tá frio, não chega a ser chuva...Em um livro de qualidade duvidosa, porém com ótima capacidade de divertir, tinha algumas técnicas de como se evitar entrar no assunto "clima", já que é o assunto mais usado por quem não tem assunto pra falar. Aliás, nessa lista, dá pra botar aquelas perguntas retóricas com respostas prontas, do tipo: como vai a faculdade? como anda a família? anda trabalhando muito?

Pior do que isso talvez só aqueles malas de engarrafamento...aqueles que buzinam quando tudo pára...como se buzinar fosse resolver alguma coisa. Só serve mesmo pra dar dor de cabeça. Um daqueles médicos pop star de televisão que fala coisas sem muita importância um dia falou que a dor de cabeça é a falta de água no cérebro e a solução é beber água. Duvido. Se você ouve barulho alto e fica com dor de cabeça, que aconteceu? o barulho drenou a água? se som fizesse isso todos os problemas de enchentes e furacões do mundo estariam resolvidos: era só ligar música alta e drenar a água magicamente...

No último jogo da seleção brasileira de futebol masculino, quando Portugal fez o primeiro gol com 5 min de jogo (não tenho muita certeza desse tempo) vieram com a seguinte teoria: neste caso, das duas uma: ou leva goleada, ou faz goleada. Não deu outra. Incrível. De qualquer jeito, a seleção não me empolga. É só um monte de caras que tão à anos fora do Brasil (com honrosas exceções), tão nadando em dinheiro e no fundo não tão nem aí pro futebol mais. Sou mais meu Flamengo. Rumo ao hexa! Rumo ao bi mundial! Vasco rumo à segundona!

Interessante é como se encontram tremendas verdades quase filosóficas nos lugares mais improváveis. Ressuscitando Mamonas Assassinas, tem aquela música que diz que pombas tem uma bazuca anal com mira a laser. As pombas eu não sei e nem quero tirar a prova, mas os sabiás devem ter...tive a infeliz experiência com um desses na semana passada quando tentei postar aqui pela primeira vez. Os computadores pifaram. Na segunda tentativa, a internet caiu. Na terceira deu certo e aqui estou eu.

E fim de papo.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Mundo cão

E então ele disse pra mim:

- É assim que funciona: todos se matam tempo inteiro. Sabe aquele papo de amor? tudo baboseira. Aqui guerra nunca tem fim. Guerra também psicológica, o que é umas das piores formas de guerra. É tudo uma grande caçada, se prepare por que se tiverem chance, os outros passarão por cima de você sem preocupação e nem remorso. É a lei do mais forte, do mais esperto, daquele que tira de suas fraquezas a força para a destruição. Porque se não destruir, destruído será. Se não aguentar, destrua-se, vai ser sua melhor saída. Aqui as pessoas sofrem, aqui as pessoas morrem.

Ele estava do meu lado e continuou:

- Sofrimento é normal. Infelicidade é normal. Quem pode ser feliz com fome? Existem milhões com fome. Aliás, não adianta, seu sofrimento nunca acabará por ser normal e incurável. Sabe aquele papo de paz? tudo baboseira. Arme-se, combata incessantemente até que suas forças se acabem de vez. Quando este momento chegar, é a sua hora que chegou.

Ouvi tudo isto e resolvi ouvir outra voz que estava lá o tempo todo. Só precisei escolher dar atenção a voz certa.


"Quais são as palavras que eu mais quero repetir na vida?
Amor, paz, sorte.
Nem sempre a fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte."

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sem título

Pra que título? títulos servem pra definir, e como todas as definições, servem pra limitar. Limitar, tonar o previsto previsível planejado cada vez mais controlado. Nada mais medíocre. Esse racional que tudo quer controlar mas nada consegue entender. Pra que entender?

Tentar controlar a fluidez é algo que não faz o menor sentido e nem o menor efeito prático. Como diz minha avó: de tanto apertar a água com as mãos, ela acaba saido por entre os dedos. A idade realmente traz sabedoria.

A paranóia do controle nos prende no nosso egoísmo, até o dia que a água escapa por entre os dedos e vemos que, afinal, o mundo não gira ao nosso redor. É aí que mora o maior problema para nós, humanos metidos a grandiosas criaturas, centros do universo. Daí vêm os títulos. As definições de coisas que, acima de tudo, são indefiníveis. Inexplicáveis. Apenas isso.

"Acho que o imperfeito não participa do passado"

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Frio

Descia lentamente a escada. Aquele som baixo e constante me acompanhando. Máquinas... Há uns quize metros da superfície (talvez menos, talvez mais, o que importa?), cheguei áquele piso de concreto frio, o mesmo concreto que cobria as paredes e o teto. Frio como o tempo lá fora. Frio como o meu estado de espírito.

Ao longe, uma criança chorava e fazia a mãe entrar em estado de desespero: depois de um dia de trabalho ainda tem que cuidar de criança fazendo birra. É a nossa sina, na verdade.

Fazia tempo que esta paz fria não me atingia. Esta deve ser a saciedade emocional que tanto falam e escrevem em livros de auto-ajuda de quinta categoria. Nunca li esses livros. Pra que? Caminhei um pouco, matei mais alguns desses mosntros internos que as vezes insistem em nos perseguir... Onde isso vai dar?

"Eu vi o amor nascer e ser assassinado"

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O Tender, o Chester e os créditos


No meu segundo momento filosófico revelador, agora trago à tona mais alguns grandes mistérios da humanidade solucionados. Depois de finalmente revelar que a baunilha se trata de uma orquídea e que fogo não tem estado físico, agora dividirei com vocês, caros leitores, a verdade sobre o tender.

Tender, meus caros, se trata de presunto defumado. Simples assim. O Tender só aparece na época do natal, na verdade, por puro truque de marketing de empresas capitalistas que só querem seu dinheiro e pra isso te deixam o ano todo sem seu Tender, prq que você compre bastante no fim do ano. O mesmo que o Panettone.

Seguindo os grandes mistérios das ceias de natal, o que seria o Chester? Se trata dessa galinha aí em cima. Não exatamente, na verdade. O Gallus Gallus (nome científico da galinha aí em cima) foi modificado e patenteado pela Perdigão como Chester. Como definiu muito bem um nobre amigo, é uma galinha geneticamente modificada pras ceias de natal.

Depois disso tudo, dou os créditos aos caros amigos e amigas que levantaram essas questões tão importantes pras nossas vidas. E eu, quase como um oráculo, respondo as perguntas. Dando nomes: Alexandre, Vitor, Jefferson e outros (se eu esqueci de alguém, me desculpem.

" E todo mundo explica tudo,
como a luz acende
e como o avião pode voar"

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O fogo, a baunilha e o universo

Eis a grande questão da humanidade: qual é o estado físico do fogo? Essa pergunta é mais interessante que perguntar qual é o sentido da vida ( e menos clichê também). Fogo é sólido? acho que não...gasoso? talvez... líquido? com certeza não. Quem foi que disse que saber o tal sentido da vida é mais inportante que saber o estado físico do fogo? A humanidade e a sua mania de grandeza. Enfim. Fogo é energia, não tem estado físico. Incrível, não? Perguntar sobre o estado físico do fogo faz tanto sentido quanto perguntar o estado físico da eletricidade ou do calor.

Mas a grande e intrigante pergunta é outra: o que é a baunilha? É um animal? Uma planta? uma invenção artificial miraculosa de algum laboratório cheio de cientistas maníacos por dinheiro? Todas as anteriores? Nenhuma das anteriores?

Depois que essa questão me foi levantada, fui atrás de mais esse grande enigma do universo. O resultado eu agora compartilho com vocês, caros leitores: a baunilha é essa planta aí em cima ( a trepadeira, e não a maior atrás). Sim, meus caros, se trata de uma planta. Essa é a Vanilla planifolia ( o mesmo Vanilla que dá nome áquela adaptação holywoodiana mal feita). E digo mais: além de uma planta, é uma orquídea.

Depois de mais esse grande mistério do universo desvendado, podemos partir para os próximos: por que, afinal, vivemos repetindo os mesmos erros a vida toda? qual é o sentido da vida?

Esses, meus caros, ficarão para o próximo momento filosófico revelador deste escritor de qualidade duvidosa que vos fala.

"E dois problemas se misturam:
A verdade do universo e a prestação que vai vencer."
Ave Raul Seixas!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Olha que coisa mais linda...



É desse jeito aí que passamos boa parte de nosso tempo. Por que será que acreditam que viadutos, túneis e coisas do gênero vão resolver? Isso eu ainda não entendi...

No lugar de ter um desses no chão, acho que queremos um desses passando por cima num desses viadutos. eu hein, viu?

E quem foi que disse que transporte público resolve? eu falo por mim: quando tiver uma chance, eu largo os ônibus e metrôs e arrumo um carro pra mim também. Egoísta? talvez... e quem não é? Mas o mais engraçado é sugerirem bicicletas numa cidade em que 45 km é "logo ali". Tremenda hipocrisia um negócio desses. Acho ainda prefiro meu egoísmo...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Fracasso- Parte 2

Cada vez mais gente se junta ao fracassionismo (com o perdão do neologismo). Gente que acha que o mundo é uma tragédia generalizada irrefreável e que suas vidas são tão terrivelmente ruins que nada tem jeito mais. Já falei disso antes...isso deve tá perdido em algum lugar dos arquivos...

Enfim

Volto nesse assunto porque continua a me incomodar. O que raios há de tão ruim? Tá certo que nada é uma maravilha, mas também nada pode ser tão trágico assim. Me parece que estamos preocupados demais com nós mesmos pra perceber. Somos os donos da verdade, afinal. Mas uma que já falei e deve tá perdida nos arquivos...

Talvez não estejamos nos preocupando demais com nós mesmos, mas esquecendo de nós mesmos. Eu também me incluo nessa, claro. Mas o fracasso de nossas vidas tá aí pros fracassionistas de plantão se deleitarem à vontade, se murgulhando num mar de lamentações.

Isso tudo é só repetição
Isso tudo é só mais um desabafo

"Não me enche com essa fome de derrota
e nem me bota nesse time que defende o pessimismo."

Gabriel, o Pensador

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Status

Muita coisa se passou. Muitas delas mereciam comentários aqui, mas a vida (ou a falta da internet, pra ser mais direto) não permitiu. O que acontece é que as coisas devem ser escritas no calor do momento...aprendi isso nesses tempos.

Esse blog ainda não morreu! E ainda pretendo mentê-lo vivo por algum tempo. O tempo necessário, o tempo que for interessante tanto pra mim quanto para meus leitores...

Tenho a sensação que mudanças ocorrem. é uma intuição, eu diria. Até tudo ficar claro, provavelmente muita água vai correr por debaixo dessa ponte. E até lá, provavelmente falarei mais algumas das minhas loucuras e devaneios aqui. Assim estou: dando vazão, novamente, aos meus fluxos de pensamento.

"Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim"

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Cansados de que?


Esse cara aí do lado já é o maior campeão da história das olímpiadas. Não é à toa. Ele também é o maior nadador de todos os tempos e isso também não é à toa. Outro dia ouvi alguém dizer que estava cansado de ver o Michael Phelps nadando e ganhando tudo de todo mundo na maior tranquilidade, o que já era claro logo nas saídas das provas que ele participou.

Estranho como cansamos de ver isso...sinceramente, eu não me cansei ainda. Talvez por que gosto de natação...talvez por que sei que ele se matou de treinar pra conseguir isso, e gosto de ver esforço recompensado. O que me cansa, na verdade, não é isso.

Me cansa ver tiroteios todos os dias nos jornais da vida, que estão mais pra obituários diários. Me cansa chegar numa escola e ver a situação geral dos banheiros, salas...não só me cansa, como me impressiona também. Me cansa o pessimismo generalizado que tá na moda ultimamente (já falei sobre o fracassionismo, não?). Definitivamente, o Michael Phelps não me cansa.

Me desanima ver um trabalho duro de muito tempo simplesmente resultar em nada. Me anima ver o trabalho do cara aí em cima resultar em ouros...

Usamos armas e cercas para nos protegermos. Isso me cansa e me envergonha. De quem temos medo afinal? Já disse um grande sociolólogo: um bom parâmetro pra saber se uma sociedade é boa ou não é saber se ela consegue manter seus membros vivos.

E que venham mais ouros, Michael Phelps.

"Tô cansado de ser igual
Tô cansado de me dar mal
Tô cansado de moralismo
Tô cansado de bacanal"
Titãs

terça-feira, 5 de agosto de 2008

E assim caminha


Tudo aquilo que nos rodeia não necessariamente é aquilo que nos apresenta sendo. A vontade que temos de perceber do que se trata faz com que aquilo se torne algo que não é, talvez nunca tenha sido, mas possivelmente pode tornar a ser. Depende, claro de tudo aquilo de que achamos que depende, mas não necessariamente assim é.

Também varia, essa dependência, da intuição da percepção. de onde vem a certeza se não da intuição da existência de algo? Mas o que é essa certeza se baseada está na intuição? Em verdade, algo existe em si por que percebemos e criamos, talvez não exista por isso mesmo, e depende, claro, das outras coisas.

O que nos apresenta sendo o que é, está baseado nessa intuição perceptiva. Depende dessa capacidade de perceber, que não dá muita segurança sobre a efetiva existência da coisa e do ser que somos. Tudo depende. Depende de mim, depende de você.

Intuição...interessante pensar que aqui escrevo talvez crendo na intuição de estar sendo lido. Talvez lido por mim mesmo. Penso que aqui está a grande mágica: o que torna tudo real, no fundo, é a fé, a crença, a esperança. Será que existe?

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Eu sou o homem que caminha sozinho

Sim, lá estava eu numa daquelas caminhadas...a minha origem não importa muito, afinal, ninguém se importa de onde veio e sim pra onde vai. Na verdade, meu destino também não importava pra mim...talvez tenho sido simplesmente tragado pelo momento. É....acho que foi isso...fui tragado.

Meu caminho deserto se obscurecia por trás das sombras da noite. Não ver o fim me ajudou a esquecê-lo. Pelo menos uma vez na vida esqueci o fim. Esqueci que deveria haver um fim. Em meio ás escassas construções que cercavam minha rota, uma luz pálida e fria aparecia por entre as árvores, muitas vezes até era coberta por elas.

Venta frio. Mas um frio agradável. A solidão é relativa, já descobri isto algumas vezes. O som de água corrente agora se destacava no meio do silêncio introspectivo do ambiente. Mistério...o som vinha, mas a água se escondia por trás das sombras, brincando com o fim da estrada. O que, afinal, é verdade em tudo? tenho a sensação de já ter feito essa pergunta alguma vez....será?

Talvez um dia eu saiba essa resposta...mas o que importa? essa estrada está longe de acabar e mais cedo ou mais tarde a luz do dia virá.


"Não adianta voltar, um dia, a ser criança."

sábado, 26 de julho de 2008

Polícia: para que precisa?


Começam os jornais da vida: A polícia militar metralha carro a mata bebê. Polícia Federal faz operação espetacular e prende meia dúzia de poderosos. Polícia militar metralha outro carro de novo e mata agora uma criança, por que as outras 4 que tavam lá dentro se salvaram por sorte. Polícia civil se revolta contra a polícia militar por que um policial militar acertou um tiro num policial civil que tentava prender a irmã do primeiro por formação de quadrilha e tráfico de drogas. Enquanto isso, a Polícia Federal apreende um milhão de reais em dinheiro vivo que eram pra suborno e prende o marginal ricaço por corrupção ativa.

Não sei se dá pra notar, mas a polícia militar só serve pra dar tiro em criança e pobre e é sempre criticada duramente por isso. E a polícia federal serve pra fazer o que todos querem: prender os ricos e poderosos. Por que será que isso acontece? Me parece que as funções do Estado devem estar mudando...Como diria um pensador, o monopólio da violência exercido pelo Estado deve ser canalizado pra alguma classe social muito específica, isso, claro, nas expectativas de alguns formadores de opinião pública.

Penso que deve existir pelo menos uma verdade: alguns atos são crime e pronto, independente de quem fez. E também me parece que estamos todos esquecendo desse detalhe.

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de raça, religião, posição social [...]"
Constituição de 1988

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Parece que foi ontem

Parece que foi ontem que cheguei perdido naquela universidade com uma aula pra ir no anf 14. Onde fica o anf 14? ou melhor, o que é anf 14? Parece que foi ontem que entrava nas salas morrendo de medo olhando pra cara de todos aqueles estranhos ao meu redor...

Eu não fazia idéia do que me esperava, essa é a verdade. Eu não fazia idéia de que aqueles estranhos se tornariam parte tão importante da minha vida e de que aquelas salas seriam quase uma segunda casa. Aquele ponto do PAS que faltou pra minha aprovação em Ciência Política foi providencial. Bendito ponto. Ainda bem que ele faltou (sem ofensas aos colegas da ciência política, claro).

Eu também não fazia idéia que o RU tentaria me matar, não pela comida, mas por uma vidraça vinda do céu...duas vidraças, na verdade. Mas a sorte, ou alguma providência divina, deixou que eu chegasse até aqui pra contar a história. E ainda me soa estranho falar em formatura...parece que foi ontem e eu já tô preparando minha saída? Essa história ainda não acabou, mas, depois de 3 anos, eu to começando a ficar saudosista...

Acho que eu estou começando a dar sintomas de que estou ficando velho. Ou não. Quem sabe?

sábado, 12 de julho de 2008

Suprema Confusão Federal


De todos os poderes do nosso país (executivo, legislativo, judiciário, a rede Globo e o poder paralelo), só o judiciário vinha escapando de crises existenciais e institucionais. O executivo continua com o seu autoritarismo de sempre, o legislativo com seus abusos de sempre e o judiciário com o marasmo paralisante de sempre.

Até que um belo dia, resolveram distribuir sentenças no STF. Resultado: crise. A justiça federal de São Paulo manda, o STF desmanda. A justiça de São Paulo manda de novo e o STF desmanda de novo.

Chega a ser engraçado: todo mundo brigando pra ver quem manda mais. Só o ministro faz diplomacia pra não sobrar pra ele. De resto, é um tiroteio geral. Mas, no fundo, quem se importa? os tribunais que mais têm funcionado ultimamente são os tribunais do poder paralelo mesmo.


"Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da Nação..."
Legião Urbana

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Lugar de mulher?


Muito se fala por aí do papel que a mulher tem na nossa sociedade: dizem que elas cada vez mais assumem posições de destaque no mercado de trabalho, estão assumindo as posições consideradas tradicionalmente como masculinas. Isso é verdade.

Mas eu andei notando algo interessante: a mesma mídia que tanto diz isso criou os "programas com temática feminina". Entre eles, o "Hoje em Dia", da Record. Claro que alguns outros entram nessa lista. Em geral, o que passam nesses programas são notícias, culinária, alguma discussão sobre problemas familiares e matérias especiais, além de muita propaganda.

O mais interessante disso tudo são os horários dos programas: entre 8 da manhã e meio-dia e entre 3 e 5 da tarde. Até onde eu sei, a maioria do povo brasileiro trabalha exatamente nesses horários. Se os tais "programas com temática feminina" passam nesses horários, o que se supõe? que as mulheres não trabalham? que lugar de mulher é em casa vendo TV?

Engraçado como aqueles que formam a opiniçao de milhões de pessoas ajudam a reproduzir os papéis que cada um deve ter nessa sociedade patriarcal, como dizia Gilberto Freyre. Fica a minha crítica.

"Até quando você vai levando porrada? Até quando vai ficar sem fazer nada?"
Gabriel, O Pensador

P.S. Não tô criticando os programas de TV em si, mas sim algumas idéias.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Fracasso

Depois de um bom tempo sem escrever nada, aqui estou eu de volta. Passaram as turbulências normais dessa época e agora dá pra ter tranquilidade suficiente para vir aqui de novo.

Vamos ao que interessa. Alguns nobres colegas que tenho usam seus blogs pra postar ensaios acadêmicos. Eu nunca fiz isso, mas hoje vou mudar um pouco. Não vou botar um ensaio, mas só uma opinião.

Ultimamente tenho tido contato com a teoria do fracasso (ou fracassionismo, se preferirem). Eu dei esse nome à essa corrente por que pra eles tudo tá errado e a tendência universal é piorar cada vez mais. Além disso, a nossa missão como cientistas, sociedade ou seja lá o que for é descobrir os motivos de tanta tragédia e tanto fracasso. Agora me pergunto: por que somos fracassados?

Sinceramente, não entendo os motivos de tanto pessimismo. Claro que não só cientistas, psuedo-cientistas e aprendizes de cientistas se incluem nessa história. Pode botar aí uma legião de jornalistas, políticos e boa parte daquilo que chamamos censo comum também entram na onda. Tá na moda. Parece que não temos nada de bom, aqui tudo tá errado e a sociedade é uma desgraça. Bons mesmos são japoneses, dinamarqueses, canadenses e etc. É o complexo de Nabuco, penso.

Não acho que vivemos num paraíso, o que seria tão absurdo quando o fracassionismo. Mas não custa nada ter um pouco de bom senso e perceber que também não adianta correr atrás de um estado utópico de perfeição e transformar a realidade num mar de lamentações e tristezas trágicas. Temos nossos problemas, mas também temos nossas virtudes. Talvez devêssemos ver essas virtudes um pouco também.


"E você acredita ser um doutor, padre ou policial que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social."
Ave Raul Seixas!

domingo, 15 de junho de 2008

Recompensas

Meus caros amigos,

As lutas valem a pena. Eu já devo ter escrito, em algum lugar nesse blog, qualquer coisa sobre sangue, suor e lágrimas. Mas existem algumas verdades: perseverança é o segredo do sucesso, e eu aprendi isso bem. Também aprendi que tudo o que nós vemos são resultados, mas não o trabalho por trás desses resultados.

Se alguém estiver me acompanhando nessa empreitada de blog, deve tá notando uma diferença no teor do que escrevo...eu noto. Não é para menos. Claro que eu não tenho múltiplas personalidades ou coisa do gênero (eu acho), mas acontece que as coisas passam e tomam novas formas, o que merece novos estados de espírito. Sem dúvida, aquele que investe num futuro tem recompensas, e eu estou recebendo as minhas.

P.S. Queria fazer um agradecimento público a todos aqueles que estiveram do meu lado nas horas difíceis que tive. Por pior que eu pudesse parecer, não fui abandonado e isso eu não esquecerei. Muito obrigado!

"É chato chegar a um objetivo num instante. Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante."
Ave Raul Seixas!

domingo, 8 de junho de 2008

Anjos

Ás vezes eles estão do nosso lado e nós nem percebemos. Nos protegem e guiam nossos passos. Ás vezes insistimos e vamos pro lado errado, mas eles não nos abandonam. Uma merecida bronca vem nessas horas, para acordarmos, para valorizarmos o que realmente importa.

Porém, podemos afastar nossos anjos, dando espaço para uma completa cegueira. O resultado não é bom, acreditem. Batemos em paredes, batemos em outras pessoas que nada tem a ver com isso. Até que, finalmente, gritamos por socorrro. Um socorro para dar, de novo, algum sentido á caminhada. Caminhada muitas vezes difícil, cansativa e desgastante. Mas eles estão lá, prontos para nos proteger e guiar novamente, mesmo quando não merecemos. Benditos sejam!

"O que importa é que ninguém bateu em minha porta, ninguém morreu por mim."

sábado, 31 de maio de 2008

Redenção

Chegada minha hora, caminhei até o carro vagarosamente, apesar de estar tomado pela animação típica de uma criança que descobre um novo brinquedo. Fazia frio. O vento recebeu de maneira hostil o meu primeiro passo pra fora da porta, mas não me intimidou. Já havia resistido à ataques com certeza muito piores do que aquela simples brisa que brindava meu rosto com sua frieza...

O carro estava quente, fechei as janelas para evitar o vento. Eu gosto da noite. É algo que ao mesmo tempo torna tudo claro e misterioso, conferindo uma atmosfera interessante... Percorrendo as ruas vazias, minha animação já se tornara algo que não entendia bem...indiferença talvez... medo, talvez... solidão, talvez...As lembranças do que fiz vieram à tona de maneira abrupta. Não me arrependo de nada, apesar dos estragos. Muitos deles até merecidos.

Cheguei ao bar numa hora qualquer, isso não me importava muito, na verdade. Precisa tomar algo bom...era um daqueles momentos que precisa de um pouco de descanso e distração, como todo homem precisa. Ninguém é de ferro, diz o velho ditado. Me sentei e cumprimeitei meus nobres companheiros de mesa, que estavam lá apesar de tudo. Foi uma prova à mim mesmo de que tudo que não mata fortalece...malditos ditados clichês...no fim realmente possuem alguma sabedoria.

O clima era estranho. Já dizia um mestre que tenho que nada sabemos sobre relações, elas são invisíveis e por isso mesmo se tornam duvidosas. Burrice minha, pra variar. Claro que relações existem! Quem disse que não? Pra que ficar pensando esse tipo de coisa? indiferença, talvez...medo, talvez...solidão, talvez. Não que a solidão seja um problema, afinal, minhas escolhas me trouxeram a tal solidão e eu aprendi a lidar com isso até bem, eu acredito.

Depois da minha última dose, os outros ao redor da mesa se multiplicavam já de maneira ruim. Gente que nem conhecia. Me faltou paciência pra isso. Hora de ir. Me despedi da melhor maneira que pude daqueles que realmente me importavam. Caminhei até o carro com uma certeza: Havia dado meu primeiro passo, e provavelmente o mais difícil. Com um pouco de calma, talvez eu recupere algo que restou depois dos meus impulsos destrutivos, se tiver restado alguma coisa.

E a minha caminhada rumo à redenção começou.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Bicho de sete cabeças

Um dia meu pai me falou: Se te derem limões, faça uma limonada.

No fundo, talvez a idéia seja não transformar um pequeno trabalho num grande problema, que na verdade, ele não é. São só limões, e nada mais. Nada de grandes dramas, nem grandes sofrimentos. Apenas limões. Acho que andei amplificando meus limões ultimamente, talvez até demais.

De qualquer forma, uma limonada sempre é bom, não? Começo a achar que limões grandes vão me render mais limonada, vou aproveitar por mais tempo... Está na hora de começar a fazê-la.

Não é justo, porém, que eu aproveite sozinho...eu não plantei meus limões sozinho. Tive colaboração... todos nós sempre temos colaboradores, mesmo que eles admitam isso ou não. Mesmo que eles finjam que nada fizeram. Mesmo assim, quero dividir minha limonada, fazer com que outros também aproveitem. Espero conseguir, estou disposto a tentar.

Cresça e desapareça!

sábado, 10 de maio de 2008

Sangue, suor e lágrimas

Depois daquele dia, tudo que queria era um pouco de paz e, quem sabe, a chance de reconstruir o pouco que me restara. Na mesma rapidez com que apareceu, essa chance parece querer ir embora de novo, levando de vez o pouco que me restou.

Não vou permitir que isso aconteça, por mais que meu cansaço queira me vencer.

As atitudes das pessoas me impressionam por vezes. Na verdade, não sei bem se tais atitudes são motivadas por um arrependimento ou coisa do tipo, ou se por algum outro motivo que, sinceramente, prefiro nem saber. Até por que não me importam. Ao mesmo tempo, também existem aquelas atitudes que surgem de pessoas inesperadas e que são, com certeza, uma boa surpresa e um incentivo. Engraçado como as pessoas mais importantes ás vezes são as mais distantes, a as mais próximas são aquelas que não deviam ter tanta importância assim.

Coisas que a vida ensina.

A vida nos ensina pra aprendermos a colocar as coisas nos seus devidos lugares, os sonhos nos seus devidos lugares, bem longe das ilusões. Ilusões e sonhos são coisas diferentes que as vezes nos confundem... o resultado disso não é muito bom, eu creio. Creio que a recompensa, afinal, deve vir e a esperança deve ser a última que morre mesmo, confirmando o velho ditado clichê.

Simples devaneios...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Os donos da verdade

Somos todos donos da verdade.

Somos donos da nossa verdade. Cada um na sua própria visão de mundo e do alto das suas experiências, que achamos tão mais importantes e marcantes que as dos outros. Do alto de nossa superioridade moral inabalável julgamos e fazemos o que bem entendemos de nossas vidas. Mas e os outros? Passamos por cima dos outros como se nada fossem. E nada são.

Somos donos da verdade. Os outros não passam de "outros", meros participantes temporários de nossas tão importantes vidas individuais. Que diferença faz se gostam ou não? Que diferença faz o que pensam? Vivemos uma guerra. Uma guerra moral, à procura de privilégios e status que merecemos receber de todos, afinal, somos os donos da verdade. Muitas vezes provocamos danos irreparáveis ao nosso redor em nome da verdade, e gostamos de ver o que fazemos.

Já dizia o grande escritor: "Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas". Espero não estar esquecendo o significado desta singela frase. Espero que cada um de nós não esqueça.


P.S. Na minha última postagem, recebi meu primeiro comentário nesse blog. Claro que não deixaria isto passar em branco:
Muito obrigado!

sábado, 26 de abril de 2008

Recomeçando das cinzas

Um dia eu li num outro blog uma frase interessante: "Só é possível encontrar novos caminhos deixando as velhas tempestades secarem". Nada mais sábio. Isso vai de acordo com uma metáfora budista que diz o seguinte: Pra colocar água nova num copo cheio, é preciso esvaziá-lo antes.

Parece óbvio, mas não é muito fácil. O antigo é cômodo, a rotina é segurança... como conseguir coragem de esvaziar esse copo? Talvez a simples vontade de mudar seja suficiente, talvez seja preciso que a tempestade se torne forte o suficiente para nos forçar a isso. Uma coisa é certa: é incrível como novas possibilidades aparecem quando tiramos a água velha desse bendito copo.

Pensem nisso, meus amigos leitores...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Realidade?

MÁGOA: S.F. desgosto, pesar, tristeza (dicionário)

Depois de terminados aqueles trabalhos braçais que de costume faço, comecei o meu caminhar pelos corredores. Naquele dia era diferente. Tomei direção diferente daquela que tomo nos outros dias, sem muita certeza se o que faria era certo. Caminhava sozinho, a tarde cinzenta se fechava sobre mim, a chuva talvez querendo me trazer algum aviso...não sei.

A dúvida persistia enquanto o corredor se ampliava diante de mim. Atrás de suas portas rostos se viam, uns conhecidos, outros anônimos, alguns reagiam à minha presença, outros nem me notavam. Caminhava sozinho enquanto as portas se mostravam como possibilidades, quase que me atraindo para algum outro destino. Diante de uma delas eu parei, e os rostos não perceberam que ali eu estava a observar, calado. A chuva caía e o sol se escondia do lado de fora, apenas a luz superficial e pálida me atingia diante daquela porta.

A porta se abriu e a realidade poradoxal e cruel se mostrou finalmente. Mas seria mesmo aquilo a realidade? Não ouso procurar saber a resposta, a dúvida que me atormentava agora se tornara medo. Ilusão e realidade agora se misturam num turbilhão perigoso prestes a me tragar numa viagem provavelmente sem volta. Mas resisti. Ali parado, a situação parece querer mostrar se é real ou não, não sei....a chuva talvez querendo me trazer algum aviso...

Comecei minha caminhada rumo à saída. Caminhava sozinho? talvez...finalmente o céu cinzento se mostrou diante de mim mais uma vez, talvez ele fosse o mais real que pude perceber naquele dia, talvez mais real que a porta que se abriu minutos antes. Se desenrolava diante de mim algo que continuava sem se definir real ou não. Paradoxal e cruel. Ao mesmo tempo, minha presença parecia não fazer muita diferença, talvez eu não faça parte disso, não sei...

Finalmente tomei o rumo que costumo tomar nos outros dias, o turbilhão se dissipou como a chuva que agora dava lugar à um sol tímido. Finalmente percebi que não mais faz dirença se era real ou não. Não mais. Quem sabe um dia eu tome um outro rumo novamente. Quem sabe o que um dia aquela porta vai me trazer? Paradoxal e cruel...

De volta aos trabalhos braçais.

domingo, 20 de abril de 2008

Nessa semana que se passou, finalmente terminaram os protestos na unb...
achei que isso merecia um comentário, por causa de algumas coisas que vi e achei interessantes:

Em primeiro, me convenci que o tal movimento estudantil existe de fato, há muito dizia que não, mas agora dou o braço a torcer. Incrível como se conseguiram assembléias gigantes pela simples vontade das pessoas de fazer algo pela universidade, e conseguiram fazer muito.

Segundo, me chama a atenção a imprensa. Essa sempre me chama à atenção de alguma forma. Desta vez, pendeu entre a crucificação dos alunos da unb em defesa de um pseudo-legalismo politicamente correto (com o perdão do neologismo) e a admiração por algo que não acontece muito no Brasil: a reação perante casos ridículos de lixeiras de mil reais.

Por último, as organizações que tentavam se aproveitar da situação: partidos políticos, organizações estudantis, ongs, professores e sabe-se lá o que mais: No dia do primeiro consuni da crise, vi um diálogo interessante:

Alguém de alguma dessas organizações: "Vamo invadir o Consuni!"
A multidão: "não!"

Bem feito. Isso serviu pra essas pessoas não tentarem se fazer de líderes de coisa nenhuma. Pena que essas pessoas não vão perder a chance de tentar se aproveitar de algum jeito disso tudo.

Pra terminar, tudo isso foi bom. Deve surgir uma nova unb agora e eu continuo tendo orgulho de ser parte disso.


"Quem come a carne rói os ossos"
(Ditado)

domingo, 13 de abril de 2008

Começou

É...
Já tinha tempo que pensava em um blog, nem eu mesmo sei por que não o fiz antes. Talvez não fosse a hora. Agora eu me rendi à idéia, e aqui está "Fluxos de Pensamento". Esse nome só tem um motivo básico: o que aparecerá aqui serão apenas idéias, comentários ou o que vier à cabeça. Simplesmente. Imagino que isto será interessante, apesar de eu não ter o talento da escrita que muitos que conheço têm.
Na verdade, também tenho a curiosidade de saber de mim mesmo até quando esta idéia vai resistir, por que alguns lados de minha vida não têm resistido muito. Mas isso não vêm ao caso agora. Quem sabe numa próxima.
É....começou.