sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fênix

Destrui. Queimei e desgastei. Renasci.

Renasci das cinzas.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Na falta...

Na falta de assunto, inventamos bobagens.
Na falta de cachorro, caçamos com gato.
Na falta do que fazer, não fazemos nada.
Na falta de esperança, entramos em desespero.
Na falta de briga temos paz.
Na falta de vida, simulamos.

Simples assim.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Meras palavras

Recebi a carta no meio da tarde. Veio bem selada e tinha dizeres curtos e diretos, porém, vagos. Guardei-a na memória e logo depois a destruí, por que sabia que privacidade não era o forte daqueles que me cercavam. O dia foi passando e a ansiedade aumentando um pouco. Nada demais apenas uma vontade de saber como terminava.

Peguei o carro à noite, não tinha pra onde ir e nem com quem me encontrar. Dane-se. Sou mais feliz sozinho. A noite era quente, nem um pouco apropriada para ambientes fechados, mas foi num quarto que me instalei. Sozinho. Passei a pensar no que estaria por vir, podia ser, na verdade, três coisas: ou se resolveria pelo lado bom, ou pelo lado ruim, ou não dar em nada mesmo. Apaguei a luz e a luz da lua crescente adentrou o quarto através da janela. Fui hipnotizado até cair de vez no sono...

No dia seguinte, o telefone tocou. Atendi. Peguei o carro. Andei. Parei. Andei mais um pouco e parei por um bom tempo. Não aconteceu nada. Frustrante. De qualquer jeito, a situação não me agrava mais e já pretendia há muito mudar algumas coisas de lugar. Recolhi minhas coisas e saí porque não mais tenho paciência.

A rua estava vazia. Escura também. Já era noite de novo e agora uma lua quase cheia me atingia. Novamente andava sem rumo, caminho que me levou novamente para o mesmo quarto, novamente a mesma luz entrando pela janela, novamente sozinho e procurando uma saída realmente eficiente...o sono me pegou...de novo.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Nada se Perde

Dizem por aí que o amor acaba. Dizem, também, que amor nada mais é do que um sentimento alimentado por relações físícas, sexuais mesmo, que só pode existir se essas relações existirem. Depois disso, a relação só se mantém se houver interesses mútuos que só podem ser atendidos se a relação existir.

Tudo bobagem. Bobagem de quem não sabe o que diz ou só faz brincadeiras que outros levam a sério. Nada acaba, na verdade transforma. Transforma em coisas variadas, dependendo da situação. Pode virar ódio, amizade, admiração, raiva, um misto de tudo isso e mais alguma coisa ou simplesmente indiferença.

Talvez seja a indiferença a mais perigosa. Ela representa a mais grave forma de se acabar com alguém, que é a simples exclusão do círculo de pessoas das quais nos importamos. Criamos símbolos para representar coisas, mas estes símbolos conseguem, em alguns momentos, ficar mais fortes que as coisas em si, até porque esta morte simbólica em muito é mais eficiente até que a morte física.

É claro que nada é imutável. O que transforma também tem grande potencial de se destransformar, transfigurar naquilo que era antes, ou, numa outra hipótese, em algo parecido. Essa mudança parcial torna relações algo interessante, no mínimo curioso. Mas, definitivamente, não morre. Apenas transforma.

E no que eu me transformei? Se alguém souber, espero resposta.


"Mandei fazer de puro aço luminoso punhal
para matar o meu amor e matei."
Mutantes