quarta-feira, 31 de março de 2010

Bases sócio-históricas da episteme calcada na materilização desforme da metafísica comum da rede de discurso


O grande objetivo da materilização desforme da rede de discurso dispersa nos poderes infra e sobre-estruturais é construir uma crítica construtiva das diversas concepções da dialética limitada, ou não, baseadas na inversão epistemológica do a apriori material da ação racional com relação à fins interiorizada de maneira externa, geral e coercitiva na estrutura estruturada, estruturante e estruturadora do habitus do campo.

É importante lembrar que para isso é preciso indagar sobre as bases conceituais e simbólicas das camadas do discurso tomado como produtor de verdade na medida da concepção limitada pela incapacidade cognitiva inerente ao indivíduo dependente do fluxo temporal da performance sistematicamente desarticulada pela liquidez institucional. Este mesmo discurso assim considerado é tomado como produtor dos efeitos desejados ou não por todos aqueles entes participantes ou não da interação na rede sistematizada de maneira metafísica e abstrata na materilidade da ação mental e psicológica sobre as mesmas bases conceituais mentais, materiais e tudo o mais relativo mencuionadas e definidas anteriormente de maneira totalmente imune à críticas desprovidas de senso comum.

Ora, se levarmos em conta que as redes simbólicas ou não que compõem os sistemas de comunicação, os sistemas de poder, os sistemas de materlização e abstração são exteriores e interiorizadas dentro da mesma estrutura mencionada acima, temos que a orientação da conduta a ser analisada de um ponto de vista jamais totalmente e reciprocamente imparcial são determinadas de modo racional pelo observante desde que tomadas as precauções típicas da observação parcial com vistas à produção científica das leis da física social qualitativa, quantitativa, dedutiva e indutiva pregada pela teoria transcendental, racional, social e, acima de tudo, independente do modo produção organizado de maneira estratificada e precarizada típica da hiper-modernidade ideológica.

Essas colocações são óbvias se tomadas as medidas técnicas, tecnológicas e metodológicas básicas para a observação e catalogação dos conceitos e simbologias observados de maneira direta na relidade limitada percebida pelo agente observante. Se a ética pós-moderna é invertida como tomado a priori pelo conhecimento geral que não mais precisa de elucidação conceitual, a estrutura se torna clara e bem definida do ponto de vista teórico-conceitual mais abrangente da teoria tecno-sócio-científica preconizada pelos sistemas acima mencionados da estrutura tecno-democrática se observada de um ponto de vista macro em confronto com um ponto de vista micro que são, essencialmente, duais e contraditórios entre si.

P.S. Versão aprimorada do post originalmente publicado no dia 27 de abril de 2009, sob o título "Homo Socyologykus".

sexta-feira, 26 de março de 2010

Maior

Escrevo pra ser lido. Quem não quer isso? Escrevo pra falar, pra gritar, pra chorar e rir.

Ecrevo pra me calar. Minhas palavras têm destino, as suas também. Agora me calo por não poder falar, por não ter essa liberdade. Não por querer.

Minha liberdade dorme na poesia. Dorme na música. Espera pacientemente poder ser discursiva. Dorme na teoria e na forma engessada da escrita gramatical.

Minha angústia ganha forma, minha impaciência ganha forma.

Espero pacientemente contra a minha vontade, aprendo pacientemente e confio nas coisas maiores que eu.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Diário de Bordo

Hoje é mais um dia de protesto na Câmara Legislativa do DF. Dessa vez será pelo aumento nos salários dos servidores.

Prefiro dinheiro nos bolsos dos trabalhadores do que nas bolsas, meias e cuecas da pilantragem.


O palhaço aqui não sou eu!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Manuel Bandeira

Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ontem

Levantei da mesa do bar depois de pagar a conta e fui embora.

Sem carro, caminhei até a primeira parada de ônibus que achei e esperei. Poucos carros passavam, nenhum ônibus passava.

Resolvi caminhar. À noite, tudo fica diferente. As sombras são maiores, a luz pálida de cada um dos postes só aumenta a sensação de solidão. Houve tempo em que gostava disso. Hoje não mais.

Por necessidade de chegar ao único abrigo possível para uma pessoa decente, Entrei em cada calçada, grama e terra obscurecida por uma cidade que dorme. Em linha reta, sem pensar muito em qualquer coisa.

Hoje, prefiro caminhar pelo calor, guiado pelo luz de uma estrela de brilho raro. Mas ontem me restou o frio e as sombras. Não senti medo. Raras são às vezes que tenho medo. Principalmente por mim. Atravessei ruas largas e movimentadas, com carros passando em alta velocidade.

Cerca de 40 minutos. Cheguei, tomei um banho e encontrei meu travesseiro. E hoje caminho na luz, sem solidão e nem tristeza e nem medo. Hoje estou cheio de algo novo pra mim. Como será que se chama?

sábado, 13 de março de 2010

Ingredientes

Se a manhã é feita de raios de sol
Do que são feitas as manhãs de chuva?

Se a vida é feita de cores
O que tenho eu na minha palidez eventual?
Se a felicidade não mora aqui
Eu moro aqui
E te separei um espaço

Se a ação é feita de reação
Do que é feita a minha aceitação?

Se tenho que aproveitar
Por que escolho deixar passar?

Se eu não for feito do que deveria
Do que sou feito, então?

sábado, 6 de março de 2010

Balada

Se sou tão louco,
Não vou me curar
Já não sou o único que entrou a paz

E louco é quem me diz que não é feliz

Eu sou feliz!

terça-feira, 2 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Musicalidade

Quero uma pausa de mil compassos
Pra poder olhar o mundo assim:
Mais tranquilo
Vou fazer um samba sobre o infinito
E vou te levar comigo