sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Fluxo

Outro dia tava fazendo o maior sol. Hoje já tá frio, não chega a ser chuva...Em um livro de qualidade duvidosa, porém com ótima capacidade de divertir, tinha algumas técnicas de como se evitar entrar no assunto "clima", já que é o assunto mais usado por quem não tem assunto pra falar. Aliás, nessa lista, dá pra botar aquelas perguntas retóricas com respostas prontas, do tipo: como vai a faculdade? como anda a família? anda trabalhando muito?

Pior do que isso talvez só aqueles malas de engarrafamento...aqueles que buzinam quando tudo pára...como se buzinar fosse resolver alguma coisa. Só serve mesmo pra dar dor de cabeça. Um daqueles médicos pop star de televisão que fala coisas sem muita importância um dia falou que a dor de cabeça é a falta de água no cérebro e a solução é beber água. Duvido. Se você ouve barulho alto e fica com dor de cabeça, que aconteceu? o barulho drenou a água? se som fizesse isso todos os problemas de enchentes e furacões do mundo estariam resolvidos: era só ligar música alta e drenar a água magicamente...

No último jogo da seleção brasileira de futebol masculino, quando Portugal fez o primeiro gol com 5 min de jogo (não tenho muita certeza desse tempo) vieram com a seguinte teoria: neste caso, das duas uma: ou leva goleada, ou faz goleada. Não deu outra. Incrível. De qualquer jeito, a seleção não me empolga. É só um monte de caras que tão à anos fora do Brasil (com honrosas exceções), tão nadando em dinheiro e no fundo não tão nem aí pro futebol mais. Sou mais meu Flamengo. Rumo ao hexa! Rumo ao bi mundial! Vasco rumo à segundona!

Interessante é como se encontram tremendas verdades quase filosóficas nos lugares mais improváveis. Ressuscitando Mamonas Assassinas, tem aquela música que diz que pombas tem uma bazuca anal com mira a laser. As pombas eu não sei e nem quero tirar a prova, mas os sabiás devem ter...tive a infeliz experiência com um desses na semana passada quando tentei postar aqui pela primeira vez. Os computadores pifaram. Na segunda tentativa, a internet caiu. Na terceira deu certo e aqui estou eu.

E fim de papo.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Mundo cão

E então ele disse pra mim:

- É assim que funciona: todos se matam tempo inteiro. Sabe aquele papo de amor? tudo baboseira. Aqui guerra nunca tem fim. Guerra também psicológica, o que é umas das piores formas de guerra. É tudo uma grande caçada, se prepare por que se tiverem chance, os outros passarão por cima de você sem preocupação e nem remorso. É a lei do mais forte, do mais esperto, daquele que tira de suas fraquezas a força para a destruição. Porque se não destruir, destruído será. Se não aguentar, destrua-se, vai ser sua melhor saída. Aqui as pessoas sofrem, aqui as pessoas morrem.

Ele estava do meu lado e continuou:

- Sofrimento é normal. Infelicidade é normal. Quem pode ser feliz com fome? Existem milhões com fome. Aliás, não adianta, seu sofrimento nunca acabará por ser normal e incurável. Sabe aquele papo de paz? tudo baboseira. Arme-se, combata incessantemente até que suas forças se acabem de vez. Quando este momento chegar, é a sua hora que chegou.

Ouvi tudo isto e resolvi ouvir outra voz que estava lá o tempo todo. Só precisei escolher dar atenção a voz certa.


"Quais são as palavras que eu mais quero repetir na vida?
Amor, paz, sorte.
Nem sempre a fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte."