quinta-feira, 1 de abril de 2010

Poesia das coisas sem importância

Uma caneta bic
Um aparelho de som e a parede
Uma mesa

Gramado, chaves e cachorro
Uma régua e 20 centímetros
Um carro e 2oo quilômetros

Minhas roupas, meus discos
Comida e bebida
Poesia e rima
Inteligência e burrice
Posse e desprendimento
Uma bola, um intrumento musical

Meu medo

Minha angústia

Minha solidão

Minha tristeza

Minha raiva

A chuva e o frio lá fora
E aqui dentro também

Um comentário:

// disse...

Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante.
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante.
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que a tua correnteza não tem direção.

Mas, tão certo quanto o erro de ser barco a motor e insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque
Não vemos...