sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Frio

Descia lentamente a escada. Aquele som baixo e constante me acompanhando. Máquinas... Há uns quize metros da superfície (talvez menos, talvez mais, o que importa?), cheguei áquele piso de concreto frio, o mesmo concreto que cobria as paredes e o teto. Frio como o tempo lá fora. Frio como o meu estado de espírito.

Ao longe, uma criança chorava e fazia a mãe entrar em estado de desespero: depois de um dia de trabalho ainda tem que cuidar de criança fazendo birra. É a nossa sina, na verdade.

Fazia tempo que esta paz fria não me atingia. Esta deve ser a saciedade emocional que tanto falam e escrevem em livros de auto-ajuda de quinta categoria. Nunca li esses livros. Pra que? Caminhei um pouco, matei mais alguns desses mosntros internos que as vezes insistem em nos perseguir... Onde isso vai dar?

"Eu vi o amor nascer e ser assassinado"

Um comentário:

Rafael Barbosa Chagas disse...

todo o brasileiro é um complexado
então não sei pq essa mania danada de ficar tão sério
de ser tão frio
essa mania de cientificidade
onde não cabe nenhuma ciencia
e daí saem livros de auto ajuda
embora a frieza fique só na tentativa
ou no teatro
!!!!!
o povo não pode acreditar em nenhum tratado
em nenhum partido
em nenhuma ideologia
em nenhuma frieza
mas elas estão aí né!?
então se faz fingido a acreditar nisso tudo
tenho dó disso tudo
tenho dó
assim como tenho dó das estrelas
luzindo a tanto tempo
tão longe
e nem sabe!!!!!
e eu prefiro continuar sendo o caminhante noturno q sempre fui!!!!