sábado, 31 de janeiro de 2009

Um nível acima

- Me sinto preso. Não é algo físico, porque isso não faria sentido. Por outro lado, até me agrada a idéia, e por isso mesmo não procuro minha libertação. O grande perigo disso é que a libertação pode ser um passo doloroso e complicado, desses que um homem só dá se for forçado a isso. É nessas horas também que até o melhor dos homens se afoga em álcool na esperança de afogar as mágoas e tudo que consegue é uma noite mal dormida e uma tremenda dor de cabeça no dia seguinte...

Várias vezes me disseram: você tem meu telefone, me liga. Parece simples, não? Na verdade não. O telefone várias vezes é uma das máquinas mais difíceis já inventadas pela humanidade. A simplicidade aparece por que quem fala não é quem passa pelo momento. Seguir meu rumo é o melhor que eu posso fazer e é o que farei. Na pior das hipóteses seguirei sozinho.

E daí? Não me lembro de ter caído em nenhuma brincadeira de mal gosto armada pela vida quando tinha a total consciência de estar sozinho. Mas a prisão de que falei torna as coisas um pouco mais complicadas. Você tem meu telefone, me liga.

3 comentários:

** LÊ ** disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
** LÊ ** disse...

"Pra ser feliz
a gente nao precisa mendigar
as migalhas do amor de ninguém..."

Até quando você vai levando
Porrada! Porrada!
até quando você ficar sem fazer nada??

Livros da Lua Nova disse...

Uma maneira fácil de sair de um problema é inventar outro maior - pra nos preocuparmos. Afinal, o mundo é feito de prioridades.
Que liberdade podemos ter se estamos presos nessa procura de sermos livres?
Realmente, é fácil falar. Mas o que fazer se vivemos traçando espaços? O destino nos aguarda a cada vez que o Sol amanhece os dias. E devemos nos contentar com esse destino, destinado somente a nós. A mim, a você, a um só. De fato, vivemos à espera do telefone tocando... Afinal, nascemos e morremos sozinhos mesmo.