quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Do céu que adoece

E ele sentou na minha frente. Olhou nos meus olhos tão profundamente que só eu mesmo seria capaz de fazer. O alvo das cortantes palavras disparadas de maneira dura agora era eu.

Construídos como uma fortalezas quase indestrutíveis feitas de imagens, cada um dos meus argumentos se tornou pó. Cada uma das máscaras caía até que só a essência restou.

E então vieram as palavras.

Num passado não tão distante, tais olhos se viraram em outras direções. Agora, virados para mim, fizeram surgir todas as maiores vergonhas, os maiores defeitos, que eram cuidadosamente protegidos por mecanismos agora totalmente desmontados e inúteis.

Quem iria querer estar do lado de um homem como eu?

Finalmente, a lágrima caiu. O desespero de esperar pela sentença atingiu cada um de meus pensamentos. Suor. Frio.

A surpresa me veio quando finalmente tive coragem de olhar para meu cruel inquisidor, veio como um jorro de incredulidade. Um banho avassaldor de auto-conhecimento.


"Nunca me abri desse jeito
Nunca me inportei com os jogos que jogamos
Vindo do coração, podemos ser muito mais
E nada mais inporta."

3 comentários:

Anônimo disse...

Quem quer que escolha está ao lado de um homem como você
O fará po amor.
Única e exclusivamente.
Nada mais importa além disso.
AMOR.

Caixa de Pandora disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Caixa de Pandora disse...
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