terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Profundo

Vem da alma
Fundo

Fundo

Vem da mais funda verdade
Onde moral nenhuma consegue chegar

Pode construir
E pode desmoronar

O que fiz?
O que farei?

E agora?

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundíssimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!