quarta-feira, 30 de julho de 2008

Eu sou o homem que caminha sozinho

Sim, lá estava eu numa daquelas caminhadas...a minha origem não importa muito, afinal, ninguém se importa de onde veio e sim pra onde vai. Na verdade, meu destino também não importava pra mim...talvez tenho sido simplesmente tragado pelo momento. É....acho que foi isso...fui tragado.

Meu caminho deserto se obscurecia por trás das sombras da noite. Não ver o fim me ajudou a esquecê-lo. Pelo menos uma vez na vida esqueci o fim. Esqueci que deveria haver um fim. Em meio ás escassas construções que cercavam minha rota, uma luz pálida e fria aparecia por entre as árvores, muitas vezes até era coberta por elas.

Venta frio. Mas um frio agradável. A solidão é relativa, já descobri isto algumas vezes. O som de água corrente agora se destacava no meio do silêncio introspectivo do ambiente. Mistério...o som vinha, mas a água se escondia por trás das sombras, brincando com o fim da estrada. O que, afinal, é verdade em tudo? tenho a sensação de já ter feito essa pergunta alguma vez....será?

Talvez um dia eu saiba essa resposta...mas o que importa? essa estrada está longe de acabar e mais cedo ou mais tarde a luz do dia virá.


"Não adianta voltar, um dia, a ser criança."

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